Você já olhou para quem está do seu lado e se perguntou: quem é este ser com quem me relaciono? Por onde andaria a pessoa por quem me apaixonei? Socorro! Onde peço pra sair? Outro dia li sobre um programa que conta histórias de mulheres que são surpreendidas pela cafajestagem alheia. O programa mostra, desde o namorado carinhoso, que se transforma no marido violento, até assaltantes de bancos, bígamos e espiões. Bom... não é desse extremo que quero falar. Se esse for o seu caso, pula logo desse barco. O que quero lembrar aqui é algo simples. As pessoas mudam, transformam, evoluem... Elas não, necessariamente, vão pensar e analisar tudo da mesma forma sempre. Se você quer uma pessoa que siga os moldes que lhe agrade sempre, sinto dizer-lhe que não é uma relação o que você quer. Ainda bem que do lado de lá tem alguém se transformando.
As pessoas também têm fases ruins, momentos difíceis, situações desafiadoras que mexem com elas. Pode ter certeza que do outro lado alguém te olha e pode fazer a mesma pergunta: Quem é este ser? Gostoso mesmo é crescer junto. É nutrir uma cumplicidade bacana para não se perderem no caminho. É olhar para o outro e tentar compreender o porquê de cada estranheza de forma a torná-la sua. E o que se torna seu, não é mais, tão estranho assim.
Talvez o que falta é só um olhar. Olhar de novo. Um olhar novo. Para, assim, se apaixonar sempre pela mesma pessoa que não será a mesma sempre. Aprender a preservar os valores que lhe são essenciais e ao mesmo tempo apreciar as transformações que a vida traz.
Algumas relações acabam porque, de repente, o que lhes restam são só as estranhezas. E onde há o estranho, não há mais confiança e entrega. Feliz o casal que aprende o olhar que vale a pena ser mantido, que descobre o que conservar e por quanto tempo e o que deixar, para sempre. E que se deixa ser aperfeiçoado, moldado, transformado, mudado no caminho que Deus propôs para ele.
Talvez, o que falta, é só O olhar. Olhe de novo.
Antes que seja tarde demais!
Realmente. Adorei o texto