O perfil Bolsonaro e a exposição pública da comunicação violenta
- Carol Cardoso
- 12 de set. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de jul. de 2020

Não tem argumento? Ataque o argumentador!
Não sabe discutir o assunto? Use a falha ou a falta do outro pra tentar se sobressair.
Se sente ameaçado? Ofenda. Pode até ser a mulher do outro, o irmão, a mãe... Está valendo!
Se sentiu cobrado? Faça pro outro uma outra lista de cobrança.
Precisa se defender? Use o ponto fraco de quem o acusa.
Alguém não concorda com você? Ouvir? pra quê? Lembre-o(a) “quem é ele(a) na fila do pão?
Quer mudar o foco? Faça piada. Deboche!
Fale o que quiser. Seja franco e cru. Não meça as palavras.
Não respeite princípios de dignidade e integridade do outro. A moda agora é metralhar seus inimigos!
Se autoeducar/ dominar para estabelecer/restabelecer a confiança mútua entre pessoas, instituições, povos e nações é uma bobagem. Auto responsabilizar-se também, tá okay?
Os fins sempre justificaram ou meios. Afinal de contas, você só quer salvar a “nação”. (seja lá qual seja a sua “nação”)
(...)
Como precisamos de padrões melhores de masculinidade, não é mesmo? De dentro de casa até o Congresso Nacional!
O presidente da república (minúsculo propositalmente) só publicita o que faz o quinto país mais violento do mundo contra as mulheres. Ele faz o que também faz o cara que “governa” de dentro de suas casas, o patrão, o irmão, o motorista, os que as veem passando na rua...
O perfil “Bolsonaro” não faz surgir, só expõe o que sempre esteve em todo lugar.
A comunicação violenta sempre existiu. Só que, agora, está na moda. Reforçada. Armada. Aplaudida. É uma pena! E uma vergonha!
********
Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. Tiago 1:26
Comments