Meu cérebro te ama

Eu o amo. Meu coração acelera ao te ver. Sinto um frio na barriga. Tem horas que não sei o que dizer. Eu te desejo. Eu te anseio. Eu te busco. Eu sinto saudades. Eu poderia dizer que te amo com todo o meu coração. Mas não. Não somente. Porque eu te amo com todo o meu cérebro. Eu sei das nossas diferenças. Sei que há, entre nós, divergências. Simplesmente, sei. E me interesso por todas elas e em como poderemos sempre seguir de forma leve, sem que elas nos afastem. Eu me interesso por sua história e pela forma como pensa. Eu sei o que te dói. Sei o que te faz feliz. Eu lhe vejo e admiro o seu trabalho. Eu pondero os seus conselhos. Eu pondero o que devo aconselhar-te. Eu te desvendo, eu te vejo, eu, racionalmente, te acolho. Amo suas dores, seus medos, suas inseguranças, até as suas chatices. Eu aprendo com elas. Eu racionalmente busco ser melhor por mim, mas para poder te ajudar a ser melhor também.

Dizem que o amor é cego, surdo e mudo. Mas, não! Meu cérebro te vê, te ouve, responde, corresponde. Eu não me calo, não me omito, não me escondo. Eu não aceito tudo o que fazes, apesar de compreender, na maioria das vezes, o porquê fazes. Meu coração já quis te deixar pra lá, mas minha consciência quer o melhor pra nós dois, porque eu te amo. Por isso, eu fico, permaneço.

Te amo com todo o meu cérebro. Eu te escolho. Eu, racionalmente, me decido por ti. E não volto atrás.

O coração vai se esquecer disso, talvez. A minha alma também pode me pregar algumas peças. Minhas carências, então... podem fazer de mim um animal irracional. Perdoe-me por isso. Mas meu cérebro sempre vai saber que a honra é feita dos compromissos que assumimos um com o outro e ele vai me ajudar a olhar o todo, ponderar o todo, analisar, perdoar, até chegar em você, a parte mais importante de todo o tudo.

Meu cérebro diz que o absurdo nunca será amor, não estou disposto a fazer tudo por ti, mas estou convicto de que serei referência de Amor por você. Meu cérebro sabe que sentimentos vêm e vão. Que uma história é construída da decisão do amor que atua em favor do outro e da relação, com muitas emoções.

O meu cérebro pode até ponderar algumas dúvidas momentâneas, mas nunca vai duvidar de quem você é, do porque estamos juntos e de onde podemos chegar.

Com você, o meu cérebro conjuga todos os tempos do verbo Amar.